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RAZÕES PARA CONTROLAR SEU GASTO
Se
tivesse que escolher entre perder peso, ou cortar gastos no seu
orçamento, o que faria?
Para
a maioria das pessoas a escolha não seria nada fácil, já que
ninguém gosta de abrir mão daquilo que aprecia e, para muitos,
estes são dois dos principais prazeres da vida. Porém, é preciso
ficar alerta aos sinais. Se você já não cabe em nenhuma calça,
certamente já sabe que está na hora de controlar o peso, e
provavelmente já está pensando em qual dieta seguir. Mas, e no que
refere aos gastos, quando saber que está na hora de controlá-los?
Sinais
de alerta
Veja
algumas situações que servem de alerta e que sugerem que você está
perdendo o controle de suas finanças, e que pode ser uma boa ideia
controlar seus gastos.
- Até hoje, você nunca recusou um cartão de crédito.
Boa
parte dos consumidores recebe várias ofertas de cartão de crédito,
mas acaba recusando, pois já possui outro cartão. Mas, no seu caso,
isso não é verdade. Entre cartão de varejista, da montadora, das
revistas que assina, e dos bancos em que possui conta, você já
acumula muitos cartões de crédito?
Se
você encaixa-se nesta descrição, vale a pena lembrar que a sua
renda não está aumentando a cada cartão novo que aceita. Muitos
consumidores erroneamente consideram o limite do cartão como um
acréscimo na sua renda pessoal, e começam a comprar tudo com o
dinheiro de plástico, para depois serem surpreendidos com faturas
que não têm condições de pagar. De agora em diante, comprometa-se
a viver dentro dos limites da sua renda, e não da soma dos limites
dos seus cartões.
2.
Você compra por impulso?
Você
já comprou alguma coisa só porque estava em liquidação? Já se
esqueceu de algumas das coisas que comprou? Mesmo tendo comprado algo
há meses ainda não usou? Esconde algumas das coisas que comprou por
vergonha? Se você respondeu afirmativamente a alguma das perguntas
anteriores, então muito provavelmente você encaixa-se no perfil de
um consumidor impulsivo. Neste caso, faça um esforço para coibir
este impulso. Se preciso for, procure ajuda! Os Devedores Anônimos
existem para isso. Você vai se surpreender com o quanto conseguirá
economizar cortando os gastos por impulso!
3.
Você não resiste a uma boa propaganda?
Se
você é daqueles que compra artigos que sequer conhecia, mas que,
depois de ver anunciados na TV, na internet, ou na vitrine do
shopping, simplesmente se convence de que não conseguirá viver sem
eles? Este é um caso típico de consumidor que se deixa influenciar
pela propaganda, e que, portanto, não tem controle sobre as suas
finanças pessoais.
A
menos que você queira que seu orçamento seja determinado pelos
anunciantes, é melhor pegar um lápis e borracha e fazer um plano de
gastos. Estabeleça metas de poupança de curto e longo prazo e
adapte seus hábitos de consumo neste planejamento. Isso vai ajudá-lo
a controlar melhor seus gastos.
Seu
dinheiro acaba antes do final do mês
Se
todo o mês você precisa pedir adiantamento ao seu empregador porque
não tem como arcar com os seus gastos, pode até ser que necessite
mesmo de um aumento, mas ele certamente não vai vir se você não
demonstrar que consegue gerir melhor suas finanças pessoais. Tente
ver a situação do ponto de vista do seu empregador. Ele também tem
obrigações, e para isso se planeja. Sempre que lhe adianta
dinheiro, precisa rever outras despesas, sacar a quantia extra que
estava aplicada do caixa. Qualquer que seja a situação, ela nunca é
favorável, e isso pode até prejudicar sua imagem. Porém, o mais
preocupante é o efeito que a incapacidade de gerir as próprias
finanças causa na sua vida. Se você só consegue fazer a compra do
supermercado estourando o limite do cheque especial, então sua
situação necessita ser revista imediatamente. Mesmo que cortar
gastos seja dramático, o prazer de não ter que se preocupar com
credores e atrasos certamente lhe fará bem, e pode até contribuir
para um melhor desempenho profissional.
5.
Você não se preocupa com dinheiro!
Muitas
pessoas adotam uma postura despreocupada com seus gastos, pois
acreditam que isso não é sua responsabilidade. Estamos falando de
jovens que estouram o limite do cheque especial, porque não se deram
ao trabalho de controlar o saldo, mas sabem que podem sempre contar
com uma injeção de recursos vindos da conta dos pais. Pior ainda é
a situação de casais, em que um dos cônjuges acredita que não
precisa se preocupar com o controle do orçamento, porque isso fica a
cargo do seu companheiro (a). Este é um comportamento totalmente
irresponsável, pois não leva em consideração que, depois do gasto
incorrido, existe muito pouco o que possa ser feito, de forma que,
dependendo do orçamento disponível, estes abusos podem se traduzir
no pagamento de juros no cartão, ou no atraso do pagamento de alguma
fatura.
6.
Você nunca poupou na sua vida
Não
existe nada mais fácil do que gastar. O difícil é poupar, e se
você adota hábitos de consumo irresponsáveis, não é de se
surpreender que tenha chegado à vida adulta sem qualquer tipo de
reserva financeira. Assim, estabeleça metas de poupança de forma a
acumular uma reserva de emergência equivalente a algo entre 3 e 6
meses de despesas. Lembre-se que esta reserva é como o nome sugere,
para emergências. Portanto, nada de tocar no dinheiro para comprar
aquele celular com câmera embutida que você tanto quer. Aproveite
para planejar melhor suas despesas periódicas como gastos com IPTU,
IPVA, férias, etc. Você vai ver que um pouco de disciplina de sua
parte vai evitar que gaste seu dinheiro em besteiras.
7.
Você não tem ideia de quanto deve?
Uma
coisa é não ter uma ideia precisa do quanto deve, mas se não tiver
sequer uma noção aproximada do quanto está devendo, e não se
importa com a situação, você já perdeu completamente o controle
de suas finanças. Está na hora de arregaçar as mangas, juntar
todos os extratos que possui e calcular o quanto efetivamente está
devendo. Dependendo da quantia, pode valer a pena se desfazer de
algum bem para quitar a dívida mais rapidamente. Pense em se
desfazer daqueles artigos que comprou por impulso, ou que não
conhecia até ver anunciados em primeiro lugar. Muitas vezes eles
foram comprados através de crediário e a devolução pode resolver
seu problema.
8.
Você não sabe ao certo se terá emprego amanhã?
São
cada vez mais raros os casos de pessoas que se aposentam em uma
empresa depois de terem trabalhado por mais de 30 anos. A realidade
do mercado de trabalho atual sugere que um profissional deve esperar
trocar entre três e quatro vezes de trabalho durante a sua vida
profissional. E se isso acontecer porque você foi forçado a
procurar emprego, sua situação financeira pode acabar seriamente
comprometida, já que os credores não adiam o pagamento durante o
prazo em que você estiver desempregado.
9.
Você não acredita no planejamento da aposentadoria
Você
já trabalha há mais de 10 anos, já passou dos 30 anos, e ainda não
economizou nada. E acha que ainda é cedo para falar de
aposentadoria, pois pode trazer má sorte? Neste ritmo, você não
irá acumular o suficiente para garantir uma aposentadoria tranquila,
e provavelmente o único planejamento possível será trabalhar até
o fim da vida para garantir seu sustento. Porém, já pensou se, por
uma fatalidade do destino, você sofre um acidente, e fica impedido
de trabalhar? Por mais que você se sinta bem hoje, a verdade é que
não há como prever o que irá acontecer. Mais ainda, no ritmo em
que estamos vivendo uma coisa é certa: o tempo está passando cada
vez mais rápido e antes de você se dar conta terá envelhecido. Ter
controle sobre o tipo de aposentadoria que poderá
gozar
é algo que vale a pena o esforço de adiar, por alguns meses, ou
anos, o consumo desnecessário de alguns bens.
- Você sabe tudo sobre o casamento da Angélica, da contratação do Tévez pelo Corinthians, e até mesmo das fofocas palacianas, mas quando vê um artigo sobre gerenciamento de finanças pessoais seja no jornal, na internet ou na TV, você vira a página, clica em outro link, ou simplesmente muda de canal? Bem, neste caso, provavelmente você não vai ler este artigo, mas, quem sabe, um grande amigo seu fará o favor de lhe passar estes alertas. Por que não transformar o controle de suas finanças em uma resolução aproveitando o nosso Curso de Análise e Planejamento Financeiro?
(Por:
Fernanda de Lima - 14/01/05 - InfoMoney)
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