Creio que as empresas não estão preparadas para atender ao segmento comercial formado pelos idosos. Minha crença neste fato está embasada em vários fatores. Por exemplo, quando chego a algum estabelecimento, e tenho que esperar em pé pelo atendimento, ou mesmo sentado preciso esperar mais de 15 minutos, agradeço a Deus por não ter 90 anos. Quando vou comprar roupas e entro nas lojas e só vejo artigos da moda jovem, fico pensando que se tivesse 75 anos eu teria duas escolhas, ou me vestiria como um jovem de 19 anos, ou teria de andar sempre de terno. Quando vou fazer compras e tenho que optar por pegar um enorme de um carrinho, ou uma sexta de compras que é extremamente desconfortável para carregar, eu me imagino com 68 anos e tendo de escolher entre colocar meia dúzia de coisas no carrinho de supermercado, ou carregar a sexta de compras que ficaria pesada com a mesma meia dúzia de coisas.
Mesmo antes de ingressar no mundo acadêmico e no mundo corporativo, sempre tive a certeza de que proporcionar conforto aos clientes, de qualquer facha etária, é o mínimo que uma empresa precisa fazer. Mas tal medida torna-se muito mais necessária quando se trata de idosos. Tomando por comparativo apenas os três exemplos já citados no texto fica fácil perceber que as empresas, em sua maioria, não estão preparadas para o envelhecimento da população.
Diante deste contexto, se faz necessário criar estratégias mercadológicas voltadas para esse novo segmento. Lançar produtos e serviços voltados para facilitar a vida dos idosos são estratégias básicas para fidelizar este novo agente de consumo. Ter o idoso como consumidor logo será crucial para a sobrevivência de inúmeras organizações. Medidas simples, e de fácil implementação, mas que fariam uma brutal diferença na vida dos idosos são necessárias atualmente no mercado. Como produtos com rótulos escritos em fontes maiores, locais de espera confortáveis, e produtos enriquecidos com vitaminas necessárias a terceira idade como o cálcio, por exemplo. Pois grande parte desse segmento consumidor é afetada pela Osteoporose.
Mas, e no futuro, será que os idosos serão tão frágeis quanto são hoje?
Creio que não. Com o avanço da medicina os idosos serão cada vez mais fortes, saudáveis e independentes. No momento investir em entretenimento e aprendizado para os idosos são as estratégias mais promissoras para o futuro das organizações que pretendem sobreviver à ascensão deste novo segmento de consumidores.
Quando a Humanidade estiver com uma expectativa de vida de mais de cem anos, e com saúde suficiente para gozá-la, o que essas pessoas farão com o seu tempo livre? Que projetos realizarão? Quais serão seus objetivos e sonhos? Todos sabem que é da natureza humana querer e buscar sempre o “mais” e o “melhor” em tudo e em todos, não importa que idade tenha. Portanto, as empresas que conseguirem responder a estes questionamentos e proporcionar soluções as esse novo grupo de consumidores estarão solidamente inseridas neste novo mercado.
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